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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Jolie?

                     Dedico á minha família e as minhas amigas F e G.

                                                       Elaine E.J.






                 "Em todo tempo ama o amigo; e na angústia ama o irmão..."


           PARTE_1


            Depois de tantos anos de amizade, decidi com a permissão de Frijolie, relatar alguns fatos de seu cotidiano. Por descrição, alguns personagens desse enredo terão seus nomes tocados somente por iniciais maiúsculas. De início é importante conhecer a vida dessa incrivel garota. Por esse motivo ela mesma tomou a iniciativa de me escrever este pequeno texto para alicerce de minha escrita.

         "Nasci em Venda Nova, Santa Luzia, MG no Hospital Dom Bosco. Quando criança sempre fui uma menina muito tímida, um pouco complexada e medrosa. Lembro-me de que quando estudava no Crohmos no primeiro período, eu não tinha muitos colegas e nem conversava dentro de sala de aula. Eu era muito quieta e a professora até pensava que eu ara muda. Recordo-me tambem que quando não tinha furos na orelha eu vivia fazendo bolinhas de papel e colando nas orelhas como se fossem brincos. Acontece que eu queria ser igual á elas. Na primeira série era um inferno! Todos os aluno me gozavam, principalmente por causa do meu nome. Eu não me importava, meu nome sempre foi motivo de muito orgulho pra mim. A quinta série eu conclui na E.E.Murgh Hibraim Sarah
onde conheci  a Elaine, mas somente d vista. Meus pais, Rose e Helvécio eram professores neste núcleo educacional, e por esse motivo uma professora conhecida como Lilah achava que eu era obrigada a saber de tudo. Foi aí que passei a me defender das ofensas dos outros. Agora sim eu era bem desinibida e comunicativa. Aos dez para os onze anos começei á me interessar pelo meu vizinho H. que hoje tem quinze anos. Ele e eu ainda éramos criança quando pediu para ser sua namorada. H. era um menino lindo, namoramos por cartinhas por cerca de um ano. Ele me chamava de moreninha. Tudo passa!  Gostei do G. á algum tempo tambem mas uma menina que fingia ser minha amiga deu o "bote". Depois de consegir uma vaga na E.E.Raul Teixeira da Costa Sobrinho
, eu iniciava a sétima série. Os tempos mudaram e eu já estava mais segura de mim, mais natural, mas eu conheci gente de todo o tipo de caráter, de uma forma cotidiana conheci a Gabriela Dóis, nos tornamos cada vez mais amigas, estavamos estudando na mesma sala de aula"

                                                                                              Frijolie 


        Frijolie já estava tranquila e e já eu, nessas alturas estava me preparando para mudar de escola, devido a certa mudança de lar. Já tinha sete anos que eu frequentava o Murggy, sair aquelas aquela alturas seria difícil pra mim largar esse colégio, até porque muitas coisas me ligavam a ele. Quase chorei quando soube que no dia 9 de Agosto de 2002 teria que me ingressar no Raul Teixeira.
        Lembro que havia chegado desesperada na minha nova escola, só sabia que era da turma 704. Ao entrar na sala me deparei com Frijolie. Fiquei feliz porque entrar numa sala de aula onde não se conhece ninguém não é fácil. Eu e Frijolie nos cumprimentamos mas, ela estava tão apressada e desatenta que mal ouvia o que lhe falava. Chegou a me deixar em pé falando sozinha. Nos primeiros dias de aula foi ela quem me emprestou suas matérias para que repassasse. Depois me apresentou algumas pessoas.
        A Dóris já nem me lembro muito bem como a conheci, só me me lembro que ela estava sempre séria e calada no seu canto. Eu a  achava esquisita por ser tão calada, pensei que nunca abriria a boca para me dizer "oi". Besteira, depois de alguns meses de convivência ela se soltou mais. Daí em diante só andávamos em trio: E.F.G. 
        Quando conversavamos eu tinha a oportunidade de conhecer melhor melhor as duas, e a Gabriela me contou que no início do ano faria uma prova com a Frijolie. Relatou-me que o primeiro horario já havia começado e nada da Frijolie chegar. Imaginei como ela já deveria estar nervosa por tanto esperar. O sol estava quente e fazia muito calor, a turma estava em silencio na prova.
           Para quebrar o silencio surge na porta Frijolie com os olhos arregalhados e a respiração demasiada, ofegante. Ofegante até demais, mas tão ofegante  e rápida que inspirou a  respiração profundamente e perdeu o folego. Ficou de pé e paralisada com a boca aberta e os olhos ainda arregalados. Não pode fazer a prova e para finalizar ela foi repetida para as duas na sala da vice-diretora Mirian.
               Notei que os meninos da minha sala gostavam mesmo de zoar  a Frijolie, O L. vivia chamando-a  de cabeça de abobora. Se bem que parecia mesmo mas e daí? Ela não gostava de ser chamada assim. Pior que quanto menos ela gostava de ser chamada assim, mais eles provocavam. Mas a zuação era geral.
               Sempre ouvi comentarios do tipo: "É Frijolie"  mas o que significavam aqueles comentarios  indiretos? Eu me perguntava. Depois fiquei sabendo que ela gostava do A. ue por sinal não era de se jogar fora. Ao menos para ela, porque pra mim ele não tinha nada demais apesar de ser um cara bem legal. As meninas eram loucas por ele. O A. já estava ciente de que a Frijolie tava de olho nele, mas ainda assim se fazia de sonso. Tmabem todo mundo  desconfiava d sua masculinidade, afinal seus modos e sua voz afinada condenavam.
               Talvez os meninos tivessem inveja do A. porque ele sempre estava rodeado de meninas. Era conhecido como Popovic. A Frijolie coitada!  fazia até dó via andando com ele e o Ad, e ao inves de laçar o Popovic acabou dando uns pegas no Picolo Dalmão. A turma toda ficou sabendo, as fofocas que retratavam a vida da Frijolie rodavam rápido. Ela tornou-se popular. Não havia mais quem não a  conhecesse  naquele colegio.
          






PARTE _2


                Lembro de uma vez que a Frijolie resolveu fazer uma comemoraçãozinha para nos divertimos no seu aniversário. Iriamos eu, Dóris, Polianna, Maristela e mais algumas pessoas que ela havia dito. Disse que os primos gemeos iriam e que os apresentaria para as meninas. Depois de tanto nos iludir com os primos delas quem disse que eles apareceram na festa? As meninas pasaram muita raiva, principalmente a Polianna que estava super produzida.
                Daí comemoramos aquela data somente nós, algumas tias dela e o primo Liu que ela cismava em apresentar para a Gabriela, que sua vez estava sempre tentando tirar o corpo fora. Depois a mãe dela, a Rose começou a dizer que "aprovava". Aprovava? aprovava o que?  A Gabriela questionou a ela queria dizer com aquelas palavras. Nos  surpreendemos ao saber que ela aprovava o namoro da Dóris com o Liu. Namoro!? mas que namoro? A Frijolie sempre foi tão exagerada! Tampouco Dóris se interessou por Liu, e a essa altura já não via a hora de irmos embora.
                Só sei que as meninas reclamam até hoje por causa dos primos faltosos da Frijolie.
                Em certa oportunidade  Gabriela Pode me esclarecer melhor como foi que conheceu Frijolie e escreveu o seguinte:
           
                "Era um dia comum como outro qualquer de aula: UM SACO! Quando me apareca na sala de aula uma figura um tanto" engraçada". Com um sorriso de orelha a orelha, uma blusa branca típica de novata e um tenis azul que não dá pra esquecer. Um rabo de cavalo no cabelo ue dava para perceber  que era um tanto rebelde, e que só fzia parecer mais o tamanho de sua cabeça, que mais tarde foi apelidada de  "cabeça de abobora". 
               Ah! já ia me esquecendo do anel que ela usava, era uma anel..."peludo", isso era só pra compor seu figurino que era um pouco... "esquisito". Talvez esse seja o nome.
               Quando ela chegou, muito agitada, foi logo se sentando e cumprimentando todo mundo:
                 _Oi gente!!! _com aquela voz meio... meio... voce sabe né?!
               Estavamos eu e quatro amigas...ou cinco, não me lembro bem. Só sei que logo todas nós olhamos umas para cara das outras e começamos a rir discretamente. Começamos a discutir quem perguntaria o nome dela primeiro. Fui a mais corajosa. Perguntei:
                _Qual é seu nome?
                _Frijolie _E eu meio que sem entender...
                _ Fri o que? _ E ela mais que depressa...
                _ Frijolie, mas pode me chamar de Jô.
              Logo elas vieram cheias de curiosidades
                _ E Fri alguma coisa, mas ela disse que poderia chamar ela de Jô.
              Todos nós comentamos esse nome que custei para entender. Frijolie sempre foi alegre e tinha um jeito de se vestir meio diferente. Tão diferente que nunca pensei que uma menina em sã consciência podia se vestir usando uma gravata, suspensório cabelo estilo Emília e outras coisas piores e fora do comum. 
               Quando ela chegou, foi logo dizendo que estudava no Racional e que era uma das melhores alunas da sala. Detalhe: a sala tinha uns quinze alunos. Porém, certa vez a professora pediu suas notas e acabei descobrindo tipo assim, cinco em matemática...sete  em postugues... agora se ela era uma das melhores alunas da sala  imaginem os piores! Conhecer  Frijolie foi um dos fatos mais engraçados de minha vida"

                                                                 Gabriela Dóris



                  Depois de muitos rolos e bolos Frijolie desgostou do A. Acontece que apresentaram pra ela um garoto com pinta de modelo internacional, o R. Eta moleque cheio de estilo! Ele se achava, o R. era um ano mais novo que a Frijolie. Quando os dois foram apresentados apos um longo e idiota aperto de mão, Frijolie já estava a ver cupidos outra vez. Só lamento dizer que os mesmos cupidos que ela ficava a ver um tem atras, foram os mesmos que a apunhalou  pelas flechas. R. era infantil e metido demais. Ainda assim não era tão popular quanto a  Frijolie, que além de suas segundas intenções com o garoto não rendeu nada  coitada!  mas sofreu com as gozações dos alunos da nossa classe.
                  Eu gostaria de ressaltar tambem o fato de que alguns professores sempre gostam de inventar "moda". Dessa vez foi a A.P. a professora de ingles da oitava serie. Chata que doí! Inventou um trabalho que  a sala faria grupos  e que estes deveriam procurar uma música em ingles, traduzir, ilustrar e depois cantar para sala inteira.
                   Dessa vez a Frijolie não fazia parte do meu grupo. Só sei que ela era do grupo do Ro ( Peitoral), no qual mais tarde explicarei o apelido.
                   No dia da apresentação a Frijolie com fama de cantora resolveu soltar o gogo com 'I mit you' da Avril  Lavigne. E o Ro no violão.
                    Deu-se inicio ao "show". No grupo dela  não me recordo bem mas, creio ter visto seis ou cinco pessoas que ao cantarem mal podia se ouvir suas vozes, a Frijolie fez questão de se destacar mais e cantou mais alto que todo mundo, exibindo suas "charmosas" caras e bocas. Então uns elogiaram, outros zuaram alguns foram sarcásticos, irônicos...normal,  como sempre ela nunca se importava com a opinião de terceiros. Pra  complicar ainda mais a  A.P. espalhou pra alguns seres importantes da escola o invejavel dom da Frijolie. Quando tivemos uma apresentação pra escola em geral a A.P. teve a idéia esquisita de chamar a Frijolie para cantar em publico. Cantar; melhor dizendo ; dublar né. Ela subiu ao palco, e a vibração misturada com a zuação do pessoal   a fez saltar frenética  lá em cima. Deu ascenos á todos nós como se estivesse fazendo o seu primeiro mega show. Ficou felissíssima e eu nm quis dar opinião em nada, muito menos a Gabriela que não fazia nada aém de rir. Daí  a Frijolie passou a ser cantora oficial do Raul. Fiquei sabendo atraves dela que cantou ate em outros lugares alem da escola... sei lá , era a Frijolie né...o sonho dela era ser famosa, se esse fosse seu destino, daria maior força.
                   Ah! teve um dia que a nossa professora de portugues do primeiro ano do ensino médio inventou de fazer um tal de sarau,  foi um dos dias mais tristes que passei. Foi só raiva, até porque eu era a organizadora dele. Tive que andar feito maluca com minha equipe para comprar as coisas. Não sei  se é impressão minha, mas acho que de alguma forma Frijolie apareceu muito neste sarau. Do primeiro ano até que não me recordo de nada l´s tão exuberante da parte dela. Nem  minha, muito menos da Gabriela. A não ser no fracasso de nossas notas em matematica depois de tanto se dedicar a um unico trabalho. É sem comentários, mas que a Frijolie até se emocionava ao tocar neste tema era verdade. Tanto eu xinguei e falei na cabeça dela que até eu mesma chorei. De raiva é claro, e de tanto rir.  Frijolie sempre se mostrou bastante frágil. Chorou tantas vezes na nossa presença. Frijolie é o nome de uma garota engraçada, alegre, quase adulta, mas ainda com essencia de criança. Como creio que todos nós temos...mas sem dúvidas ela tinha mais. Até discutiamos por causa disso. O que fazia dela uma pessoa bem popular é de fato ela nunca ter se importado com a opinião dos outros.
                   Cismou de tocar bateria... daí era só Deus!
                   O irmão mais novo dela tocava teclado e ela o acompanhava. A última apresentação dela do primeiro ano já nem me lembro. O que sempre deixava a Frijolie agoniada era os garotos.  Ela queria conhecer um cara legal, trabalhador, bonito , inteligente e tudo mais. Resumindo, ela queria encontrar seu  príncipe encantado, como todas nós sempre sonhamos. Obvio, era impossivel encontrar um cara com todas aquelas qualidades.
                  Ela ainda jura de pés juntos que "pegou" o menino considerado o mais gatinho do colégio, o J. Bom, na minha opinião o Xerox dava de dez a zero nele. Era a opinião da Gabriela tambem mas ela ficava fingindo de séria. Não sei até hoje se eles ficaram ou não....mas deixa quieto. O mais engraçado da Frijolie e que ela se abria com agente de uma forma tão deprimente  que dava dó. Não sei se é loucura, mas ela passou a contar os dias que ficava sem beijar. Completou ate meses!Comemorou todos os aniversários.
                    Depois de desencantar com o R.ela deu uma pausa em sua vida sentimental. Uma curta pausa...Logo em seguida meteu na cabeça que gostava de um tal de Jo., um garoto que foi de nossa sala desde a sétima série e foi até o terceiro ano do ensino médio. Depois de um tempão que ela conhecia o menino, que ela foi se interessar por ele. Daí, passamos a dar um empurrãozinho de leve nos dois pra ver se saía alguma coisa.
                 O Jo. era uma uma pessoa estudiosa, comunicativa, esforçada, mas... tinha certeza que não era o tipo físico de interesse da Frijolie. Onegocio dela sempre foi garotos claros e de cabelos lisos. Acho que isso se devia ao fato do padrão de beleza exibido pela tv nos clipes que ela sempre via. Pra se livrar da solidão por falta de um namorado Frijolie tocava bateria com toda sua força, sua raiva e cantava bem alto. Alugava praticamente toda locadora para assistir filmes de comédia e romance.
              Mas voltando ao assunto, o Jo. nem notava que a Frijolie estava de olho nele. Quando fizeram amizade ele passou a frequentar a casa dela. Como ela não sabia como á ele sobre suas segundas intenções eu e a Gabriela resolvemos ajudar.  Aconteceu que a maluquinha da Frijolie fez um bilhete com recortes de letras de revista confessando tudo. O bilhete foi colocado durante o recreio. Não paravamos de rir um só minuto. Ríamos de ansiedade, culpa nervosismo... sei lá, só sei que o bilhete era totalmente anonimo. Ao retornarmos do recreio pegamos firme com força de vontade para tentar não rir.
                 Se ríssemos ficaria evidente que fomos nós que haviamos colocado o bilhete no livro dele. Sérias,  totalmente serissimas, quero dizer... quase totalmente, nem olhamos uma para outra dentro de sala para evitar o enorme desejo de rir.
                Fingindo olhar fixamente o quadro negro só podemos enxergar o Jo. e o amigo de rabo de olho. O vi todo sem graça ao achar o bilhete que dizia claramente com  terriveis letras de reportagem de revista:  ' Será que você não percebe que eu estou gostando de você?' . Discretamente ele mostrou o bilhete para o amigo que estava ao lado e que gozou dele rindo. Estava confuso coitado!
              Após alguns dias insistindo resolvemos  aconselhar a Frijolie que nos pediu ajuda. Dissemos que ela deveria falar com ele, pois já era hora de contar a verdade. Ela ficou super, hiper, nervosa e trêmula, porém tomou coragem e disse que na hora do recreio precisava ter com ele uma conversa séria. Parece que o recreio demorou um século naquele dia...
                 O grupo de amigos do Jo. todo ficou sabendo e zoando ele naquela expectativa... Bom, a Frijolie deve ter dado pelo menos umas dez mil voltas no colégio porque todo hora ela dizia pra gente:
               _Eu vou ir conversar com ele agora. _ Quando ela tomava coragem e quase chegava  perto dele voltava para traz de novo e continuava:
               _ Eu vou, eu vou.
               _ Então vai logo Frijolie! _ Fiquei nervodsa e dei um empurrazinho nela.
               Eu e a Gabriela rimos muito ao ver ela chamando o Jo. fora do grupo de amigos pra prosear.
                Blá! Blá! Blá! Conversaram bastante, aí ela veio para perto de nós como os olhinhos lacrimejantes e arrasada dizendo que o Jo. alertou que era só amizade. Porém ele foi educado e compreensivo ao dizer isso. O que a deixou mais derrotada ainda.
                Dizemos pra ela que : " Bola ra frente, a fila anda e você vai encontrar alguem ainda". 
                A amizade dos dois mudou. Bem, ao menos foi o que eu pude sentir.
               Daí então... bola pra frente,  parece que amizade fica mais sólida quando não se pensa em garotos. Quero dizer, quando não precisamos nos preocupar com um, porque  parar de pensar neles é uma tarefa praticamente impossivel.
                Com o coração solteiro encontramos mais tempo para nos divertir com os amigos. O valor de uma verdadeira amizade não está no dinheiro, nem em nada que possa ser matéria, está na compreensão, na confiança, no respeito e nos segredos.
                 Cada um de nós temos segredos que guardamos para nós mesmos.
                Então.. bola pra frente! Ops! O Gil pintou na área.  Não sei o deu na Frijolie pra ficar de olho nele. Ele era loiro, de olhos azuis, baixinho e bastante ranzinzo. Bem esquisito na minha opinião. Mas pra ela era "o Kara". O kara que fazia parte de um grupo de pagode hoje bem conhecido chamado " S. do S.", que por motivos desconhecidos saiu do grupo. O Gil passou a ser alvo dos cumprimentos da Frijolie várias vezes ao dia.  Ficava atrás dele com desculpas mais esfarrapadas do mundo só pra puxar papo. O garoto ficava até sem graça. De tão branco chegava a rosa de vergonha. Percebia-se que era bastante tímido.
                Quando ela resolveu contar a verdade pra ele demos a maior força e ela pagou um micão na escola.  Na hora do recreio (como sempre) ela decidiu dizer tudo, porém sem coragem pediu  ajuda á um engraçadinho, que acabou fazendo com que uma das serventes mais brincalhonas da escola ficasse sabendo.
                  Na frente do colégio inteiro, em pleno recreio, a servente falou bem alto com o Gil que a Frijolie queria namorar com ele. Todo "quadrado" ele disse que já tinha namorada na frente de um punhado de gente.
                Safado! Grande mentiroso! Estava escrito na cara dele que era lero. Ao invés de mentir melhor mesmo seria fazer que nem o Jo fez e passar menos vergonha. Fim, tudo acabou.
                  Só choro. Só deprê. Quando se cai uma vez é difícil erguer a cabeça. Agora imagina quem caiu várias! Aí a cabeça só é levantada por um guindaste.
                  Só o tempo pode curar as dores do coração então... depois de um bom tempo Frijolie se curou.
                   Lembro-me de um certo dia, quando já estávamos no terceiro ano do Ensino Médio, no ano de 2006. Nós alunos havíamos sido liberados  dois horários mais cedo das aulas.  Eu, Gabriela e Frijolie resolvemos então não ir embora pra casa, sentamos nós três no passeio de uma rua que ficava á uns dois quarteirões próximos á minha casa. Como sempre acontecia nas várias vezes em que nops reuníamos, Frijolie resolveu chorar as mágoas. Se abriu com agente mais uma vez...
                  _Minha vida sentimental é uma droga!Eu tento ser certinha e dá tudo errado. Ás vezes pra esquecer que eu não tenho namorado e mandar a tristeza ir embora, pego minha bateria e toco o mais alto que posso, ou então assisto na Tv clips musicais o dia inteiro.
                 Engraçado, quando uma amigo da gente fica triste e diz essas coisas acaba nos contagiando tambem. Fiquei tão triste quanto ela, porque conhecendo-a como conheço acho que talvez não merecesse passar por isso.
                 Existem pessoas que as vezes nem se dão oportunidade de se conhecerem outras, e acabam magoando quem pudesse ser especial.
                  Você leitor,  que está lendo este livro agora, conhece quantas adolescentes como  a Frijolie.    Nos dias de hoje a maioria dos jovens vivem a vida tão loucamente, que as vezes nem valem a pena para se relacionar.
               


               













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Clarice Pacheco